Como vencer a dor de aprender algo novo (inglês, música ou qualquer habilidade)

Como vencer a dor de aprender algo novo (inglês, música ou qualquer habilidade)

Está tentando aprender a falar inglês sendo um completo iniciante? Está tentando aprender a programar sendo um total iniciante, ou quem sabe tentando aprender a tocar algum instrumento? Enfim, a barreira de aprender algo novo é, sem dúvidas, algo muito difícil de se quebrar. E mesmo que esse não seja um assunto muito a ver com este blog, resolvi abrir uma exceção porque não encontrei um conteúdo decente sobre isso. Todos dizem que você deveria dormir melhor ou ser bom em tudo o que faz, associando assuntos uns aos outros e assim por diante. Porém, isso não conversa muito com o meu objetivo de aprender algo que eu nunca tinha aprendido antes.

Quebrando a barreira de aprender algo novo

A barreira de aprender algo novo

Esse assunto surgiu assim que tentei aprender inglês do zero, e percebi que não tenho muita noção do quanto eu falo, seja bem ou mal, mesmo que já tenha feito curso de inglês antes. Então fui eu decidido a aprender inglês, se o curso não me ensinou eu aprenderei sozinho, e fui eu em busca dos conteúdos e das dicas de como estudar inglês e por em pratica os meus conhecimentos!

Pesquisei ferozmente e encontrei o método mais comum em pessoas que aprenderam a falar inglês. A imersão. E se você e assim como eu e não tem dinheiro para passar uma temporada viajando para aprender a falar inglês, não se preocupe, pois o método foi adaptado para pobres como eu e você, e seria o método forçar a imersão! Como? por o inglês no máximo de coisas possíveis no seu dia a dia. Você usa o celular, ponha ele em inglês, você vai pesquisar algo, pesquise em inglês! Use a sua agenda em inglês e sei lá, faça essa língua respirar do seu lado.

E sabe o que aconteceu? Eu tentei por tudo em inglês e pesquisar as coisas em inglês, mas não durou mais de uma semana… com exceção do telefone que era difícil de por em português depois. O restou voltou… e foi ai que descobri que isso não e tão fácil assim… e fiquei triste depois de uma semana. Mas eu sou insistente e tentei observar o que fazia essas pessoas terem aprendido assim e eu não? Encontrei o elo comum. Elas tinham urgência e eu não. O que eu faria então? criaria uma urgência imaginaria para que eu seguisse? Sou cético demais para acreditar em mim.

Primeiro saiba o porque você querer aprender isso e seja o mais especifico possivel sobre isso! Quanto mais especifico mais claro vai ficar para você o porque ter que estudar isso.

Lembrei das vezes em que muito me dediquei a estudar para obter uma informação, e foi assim que percebi o elo comum entre todas essas coisas: a urgência! A linha vermelha! O prazo! Mas como criar urgência?

Quero aprender inglês para morar fora! Quero aprender inglês porque aquela vaga precisa disso! Só tentar aprender porque é uma habilidade “legal” não vai te fazer aprender a falar inglês!

Aprender algo novo dói!

O ato de quebrar a barreira do novo conhecimento e um ato doloroso que cansa, e depois que te cansa você falha e isso dói. O que fazer então se aprender e algo danoso e difícil de se fazer? Aprender a lidar com a dor.

Aqui eu vou introduzir um outro conhecimento que obtive a pouco tempo. e com pouco tempo quero dizer que dei inicio ao aprendizado a uns seis ou sete meses, e vi melhoria muito mais relevante do que tive no inglês.

O teclado

O teclado musical, a qual como vantagem sobre o inglês eu sabia onde estava. No absoluto zero! nenhum conhecimento musical, além de um natural déficit rítmico, onde até na hora de acompanhar uma musica batendo palmas eu me demonstrava como alguém incapaz de acertar a terceira palma sem errar o tempo da musica. E sim e neste ponto que Nietzsche chora, pois eu me descobri como alguém sem nenhum talento ou experiência musical, porém tive uma recente evolução quanto a isso, maior do que em outras áreas da minha vida.

Mas como eu aprendei teclado sendo iniciante?

Sentindo dor! Eu vou contextualizar, mas foi no teclado que eu aprendi que estudar e difícil! Não e uma habilidade natural que eu obtive por Deus que no instante em que eu vejo e me interesso por algo se dá inicio ao processo de aprender a fazer aquilo que quero, quer dizer ela é, caso você seja uma criança que seu cérebro e extremamente capaz de aprender a fazer as coisas de forma passiva. Como eu não sou criança, eu perdi essa habilidade.

E como eu vou lidar com isso?

A partir de agora a vida e má comigo e me frustrar está intrínseco na minha capacidade de desenvolver uma nova habilidade. A mas qual e o método de estudo que eu vou usar? Não importa! Agora não! Agora, você precisar saber que você vai tentar e vai se frustrar e vai precisar tentar de novo, porque e difícil aprender uma habilidade nova. Esse e o método de aprendizado supremo. Está difícil? exige energia cognitiva para fazer o que você esta tentando? e difícil pesquisar o seu problema em inglês porque você não tem a menor ideia de como se pesquisa, como desentupir o vaso em inglês? E por ser difícil e preciso aceitar que aquela coisa vai ficar lá, até você aprender a pesquisar aquela frase. Mas eu te garanto que você não vai mais esquecer, how to unclog the toilet.

Segunda lição! Metodos passivos são de pouco ou nenhum proveito.

Seu cérebro precisa ter dificuldade para encontrar essas informações! É como se ele estivesse atravessando uma mata fechada pela primeira vez. Vai ser difícil! Porém, quanto mais ele passa por ali, mais fácil fica, até que chegue o ponto de essa mata se tornar uma avenida ligando duas capitais.

E é assim que se revisa uma informação: sem consultar notas ou pesquisar no Google. Tentando, sem qualquer ajuda, puxar a informação do cérebro.

Quebrar a barreira de algo novo exige pratica.

De volta a historia do teclado, como eu evolui nele, tento além de um déficit natural, unido a um desinteresse genuíno, a nível de que existem uma grande chance de se voltar a depender de mim a pratica desse instrumento, eu nunca mais pratico! Isso mesmo. Eu não gosto de tocar teclado, e no inicio odiava, porém hoje eu suporto.

Na minha igreja, era necessário uma peça no louvor. tinha o instrumento, tinha quem me desse a aula. E eu na minha tentativa de ser útil tentei aprender e fui surpreendido pelo pastor que após 5 aulas me dispensou por falta de interesse no instrumento que eu estava tocando. Acontece que ninguém aparentava ter interesse no teclado e após algum tempo, um amigo meu, que sendo um voraz apreciador de musica tentou me ensinar a tocar, e vindo ele insistentemente na minha casa para dar aula, contra minha vontade, mas não podia eu dizer não, pois ainda era vagabundo e meus pais queriam que eu aprendesse algo, fiquei eu recebendo aula por algumas semanas até que ficou obvio tanto para mim quanto para meu amigo que sair do ponto zero era algo extremamente danoso.

Isso tá soando meio triste.

E vindo o Pastor me visitar e no meu ápice de angustia resolvi que ao ser questionado sobre minha evolução, ser o mais sincero possível, dizendo minha situação, e ele me fez uma pergunta que poderia fazer com que eu nunca tivesse aprendido a tocar. Quer ir no ensaio? Não tenho ideia do porque eu disse sim.

No ensaio passei mais vergonha e humilhação. Uma coisa e você não querer sozinho na sua casa. Outra coisa e estar cercado de pessoas com habilidades musicais esperando que você acerte as notas para acabar o mais rápido possível o ensaio e ir para casa, e para a surpresa de ninguém eu não consegui e fui uma das maiores vergonhas e humilhações que passei. Pois o miserável do pastor me pede para voltar na semana que vem para o outro ensaio.

Não consegui dizer não e após um tempo de angustia quanto aquele instrumento. Eu resolvi ir lá e tentar tocar algo e nada! Só frustração! Isso durante 7 dias, quando chegou o outro ensaio, onde eu fingi estar doente, mas a desculpa não colou pro meu pai, que me obrigando a ir ao ensaio me fez passar pela vergonha mais uma vez, com uma leve diferença! Eu aprendi uma sequencia! Dó, Sol, Ré e Mi, e uma sequencia era o bastante para o meu pastor.

Lição numero 3. Ponha em pratica o mais rapido possivel!

Aqui você deve estar pensando que isso é óbvio, que precisa praticar para aprender. Mas se está pensando assim, receio que tenha entendido errado.

Ponha em prática em uma situação real! Isso é ruim? Sim! Tocar uma única sequência na igreja me obrigou a passar vergonha — a vergonha de errar várias e várias vezes aquela sequência e atrapalhar todo mundo que estava tocando. Não acho que todos tenham que se colocar em uma situação tão extrema socialmente, mas você precisa colocar em prática!

Não conhece ninguém que fale inglês? Baixe um app que converse com você em inglês. O app Speak é um que eu recomendo. Falar com alguém ao vivo por câmera me parece assustador, mas se você tem coragem, então tente baixar um desses apps de professores nativos. Vai ser difícil, vergonhoso e doloroso? Sim, será! Mas é importante que seja.

Quanto mais real for a sua experiência de aprender em um contexto real, mais rápida será sua capacidade de assimilar as informações necessárias para aquela habilidade.

Ultra aprendizado

Tem um livro que eu me sinto na obrigação de recomendar, porque nunca li nada melhor sobre aprendizado. Se quiser se aprofundar no assunto, tente procurar: Ultra Aprendizado.

Se não quiser gastar, procure um audiobook no YouTube. Mas tente ler ou ouvir esse conteúdo — sei lá se você vai piratear. Esse é o livro sobre aprender.

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